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Katharina Welper

O trabalho da artista carioca Katharina Welper está ligado a um ofício quase obsessivo, que vê a memória como um locus definidor para o desenvolvimento de sua poética. Outro fator decisivo em sua produção é sua natureza multifacetada e híbrida, pois ela transita fluidamente entre diversos gêneros, como pintura, desenho, colagem, performance, arte têxtil e obras tridimensionais.

E, se pudermos identificar um elemento comum nesse trânsito entre gêneros, esse fio condutor pode ser destacado, transmutando-se em múltiplas formas entre abundância e concisão, desconstrução e criação, ruptura e continuidade, por exemplo.

Caio Marcolini

Caio Marcolini é um artista com formação em Design Industrial (UFRJ, 2012) e Joalheria (SENAI, 2007), além de uma trajetória acadêmica na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde foi orientado por artistas e curadores como Bruno Miguel, Anna Bella Geiger, Fernando Cocchiarale e Franz Manata. Sua prática artística funde joalheria, arte e design, borrando as fronteiras entre essas disciplinas.

Explorando o material e o etéreo, Marcolini desenvolveu um processo de trançado próprio, que reflete sua pesquisa contínua sobre forma e movimento. Suas criações evoluem organicamente, moldando-se como fios flexíveis que se transformam ao longo do fazer, traduzindo a dinâmica entre ideia e materialização.

Camilla D’Anunziata

Minha prática artística explora o universo simbólico como um portal para a consciência e a espiritualidade. Por meio de uma linguagem visual multifacetada, conecto o visível ao invisível, o racional ao intuitivo, criando obras que refletem a interseção entre o material e o espiritual.

Inspirada por referências como alquimia, mitologia, física quântica e psicologia, minhas criações convidam à reflexão e à expansão da percepção. Utilizando técnicas e materiais diversos, desenvolvo experiências sensoriais que evocam emoção e intuição, entrelaçando passado, presente e futuro em um universo simbólico.

Rodrigo Almeida

A obra de Rodrigo Almeida encontra suas raízes em uma ancestralidade múltipla, onde os legados afro, indígena e português se entrelaçam de forma indissociável. Essa herança não é apenas um ponto de partida, mas também uma declaração de identidade que permeia toda a sua prática artística, fluindo de maneira consciente e inconsciente em sua produção.

Essas referências atávicas se manifestam em camadas, como memórias sensoriais e afetivas que se encontram, sobrepõem e moldam as formas e os significados de sua obra, explorando as dimensões humanas íntimas, coletivas e políticas criando um diálogo entre o indivíduo, a sociedade e os espaços que compartilham.

Talitha Rossi

Artista visual, explora ecofeminismo, modificação corporal, novas mídias e relações humanas. Trabalha com esculturas têxteis, performances, videoperformances, bordados poéticos e adornos, conectando o corpo visível às forças invisíveis.

Entre peles e fios, realiza ritos que denunciam a exploração da natureza e das mulheres, unindo a luta feminista ao apelo por sustentabilidade. Inspirada pela orixalidade e ancestralidade, suas obras confrontam a docilização dos corpos femininos, desafiando o patriarcado e convocando a insubmissão coletiva.

Fernando de La Rocque

Fernando de La Rocque é um artista plástico cuja prática combina habilidades manuais em técnicas tradicionais, como pintura, escultura e bordado, com abordagens originais, como a pintura feita com fumaça de cannabis. Desde sua entrada no circuito de arte contemporânea no final do século XX, ele utiliza sua obra como um exercício poético para confrontar valores e ressignificar o “proibido”.

De La Rocque explora temas polêmicos em obras organizadas em séries que transitam no limite entre o “aceitável” e o “inaceitável”, sem abandonar a camuflagem do belo e do atraente, desafiando o público a reavaliar preconceitos e tabus

Geraldo Marcolini

Geraldo Marcolini, residente no Rio de Janeiro, estudou Arquitetura na UFRJ e Pintura e Design Gráfico na School of Visual Arts, Nova York. Atuando em mídias como pintura, desenho, gravura, vídeo, instalações e artes urbanas, começou a expor em 1999 e participou de mostras no Brasil e no exterior.

Entre as exposições destacam-se: Panorama da Arte Brasileira (MAM-SP, 2001), Caminhos do Contemporâneo (Paço Imperial, 2002), Abre-Alas (Gentil Carioca, 2005), Investigações Pictóricas (MAC-Niterói, 2009), Casa Carioca (MAR, 2020) e Brasilitudes (Genebra, 2022). Marcolini segue explorando e inovando em sua prática artística.

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